O Grupo Casas Bahia registrou um prejuízo de quase R$ 500 milhões após a oferta subsequente de ações (follow-on).

A oferta de ações tinha como objetivo arrecadar R$ 981 milhões para fortalecer o capital da empresa, no entanto, a varejista viu seu valor de mercado diminuir, resultando em perdas significativas.

Pelo segundo dia consecutivo, as ações do Grupo Casas Bahia (VIIA3), anteriormente conhecido como Via, enfrentam quedas acentuadas no Ibovespa. Por volta das 13h30, os papéis estavam em declínio de 10%, sendo negociados a R$ 0,81. Desde a realização da oferta subsequente de ações (follow-on) na última quarta-feira, 13, a varejista viu seu valor de mercado diminuir em R$ 479.529.386,70. Nos últimos dois dias, a desvalorização acumulada atingiu cerca de 30%.

A intenção inicial da empresa era levantar R$ 981 milhões, com o propósito de fortalecer seu caixa. No entanto, a oferta resultou na captação de apenas R$ 622,9 milhões, com os papéis precificados a R$ 0,80, um valor 28% inferior ao preço de fechamento anterior, que era de R$ 1,11.

Diante dessa situação, muitos investidores optaram por vender suas ações, ampliando a tendência de queda enfrentada pela varejista. No pregão do Ibovespa na última quinta-feira, as ações da VIIA3 registraram uma redução significativa de 19,82%, sendo cotadas a R$ 0,90.

Mas há a possibilidade de aumento

Embora a oferta de ações tenha ficado aquém das expectativas, em um comunicado, o grupo afirmou que o montante pode ser elevado para R$ 1,121 bilhão. Para que isso ocorra, todos os 622.919.426 bônus de subscrição – com uma proporção de 4 para cada 5 ações subscritas – precisam ser exercidos.

É importante destacar que as ações emitidas e os bônus de subscrição estarão disponíveis para negociação a partir de 18 de setembro. O crédito dos bônus na conta de custódia dos subscritores das ações será realizado no próximo dia 20.

Elevada alavancagem

A realização da oferta subsequente de ações abaixo das expectativas aumentou as preocupações do mercado sobre a elevada alavancagem do Grupo Casas Bahia e seus fracos resultados operacionais recentes.

No segundo trimestre do ano, a empresa, que mudou seu diretor-presidente no primeiro semestre, registrou um prejuízo de R$ 492 milhões. A Casas Bahia declarou que utilizará os recursos provenientes da oferta para fortalecer sua estrutura de capital.