As ações da Eletrobras (ELET3) e Natura (NTCO3) contribuíram para um recorde negativo na Bolsa; nem mesmo o aumento nas ações da Petrobras (PETR4), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) foram suficientes para evitar essa marca histórica.

O Ibovespa registrou sua 12ª sessão de queda hoje

 

A Eletrobras (ELET3) continua a enfrentar desafios decorrentes da saída do CEO e das repercussões do incidente no sistema elétrico, resultando em mais uma queda em suas ações. Além disso, a Procuradoria-Geral da República defendeu a anulação de um trecho da privatização da empresa, o qual reduziu o poder da União na companhia. Isso, de acordo com informações do Valor, impactou ainda mais as ações da Eletrobras, que já estavam em declínio durante a sessão, culminando em um fechamento com perda de 3,56%.

Por sua vez, a Natura (NTCO3) também sofreu um forte golpe, com uma queda de 8,90%, devido ao lançamento da “Onda 2” sem previsão de margem e custos, o que gerou preocupações no mercado.

Enquanto isso, a Vale (VALE3), influenciada pelas preocupações com a economia chinesa e o enfraquecimento do setor imobiliário no país asiático, contribuiu para mais um dia de queda no Ibovespa, encerrando com uma redução de 0,39%.

Como resultado, a Bolsa de Valores vivenciou um marco histórico, completando 12 sessões consecutivas de perdas. Em agosto, acumulou uma queda de 5% e não teve nenhuma sessão positiva. O Ibovespa fechou preliminarmente com uma queda de 0,4%, atingindo a marca de 115.708 pontos, em sintonia com as perdas nos mercados internacionais. Nos Estados Unidos, os índices encerraram todos em território negativo, com a ata da reunião de julho do Fed impactando os investidores, que não descartam a possibilidade de um novo aumento das taxas de juros em setembro.

 

Ganhos

No campo dos ganhos, e contribuindo para evitar uma queda mais acentuada do Ibovespa, destacou-se a Petrobras (PETR4). Ao contrário do dia anterior, quando suas ações sofreram desvalorização, desta vez as ações da estatal se mantiveram estáveis e fecharam com um ganho de 2,2%. O CEO da empresa afirmou que não repetirão os erros do passado em relação aos preços.

A IRB (IRBR3) subiu com confiança e vigor, registrando um aumento de 14,11%, após uma recomendação favorável. A Sabesp (SBSP3) também teve um avanço de 6,46%, impulsionada por um novo decreto do governo paulista que pode facilitar sua privatização.

A Yduqs (YDUQ3) obteve um ganho de 5,98%, enquanto a Cogna (COGN3) subiu 1,97%, ambas com suas recomendações elevadas.

O setor varejista também demonstrou força. O Magazine Luiza (MGLU3) teve um aumento expressivo de 7,58%, juntamente com a Via (VIIA3), que disparou 9,47%. A Lojas Renner (LREN3) teve um aumento mais modesto, de 1,49%, após receber uma elevação de recomendação por parte de um banco.

No setor bancário, houve um mix de resultados, com o Itaú Unibanco (ITUB4) apresentando um ganho de 0,30%, enquanto o Bradesco (BBDC4) registrou uma pequena perda de 0,20%.