Em setembro, o IPCA-15 registra um aumento de 0,35%, impulsionado principalmente pelos preços mais elevados da gasolina.

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 apresentou uma variação de 5,00%, em comparação com os 4,24% registrados nos 12 meses até agosto, ficando praticamente em linha com a estimativa de 5,01%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial do país, registrou um aumento de 0,35% em setembro. Esse número representa um aumento em relação ao índice de agosto, que teve uma alta de 0,28%. O resultado ficou ligeiramente abaixo da estimativa de 0,38% projetada pelos analistas do mercado financeiro, de acordo com o consenso Refinitiv. No mesmo período de setembro do ano passado, o IPCA-15 teve uma taxa de -0,37%.

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do IPCA-15 atingiu 5,00%, em comparação com os 4,24% observados nos 12 meses até agosto. Esse resultado ficou praticamente alinhado com a estimativa anterior dos analistas, que era de 5,01%. No acumulado do ano, o indicador apresenta um aumento de 3,74%.

O setor de Transportes teve o maior impacto no resultado do mês, com uma variação de 2,02%, sendo a gasolina responsável por grande parte desse aumento, com uma alta de 5,18%. Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumento em setembro, enquanto o grupo de Alimentação e Bebidas registrou uma queda de 0,77%.

Dentro do grupo de Transportes, outros itens que contribuíram para o aumento foram “demais combustíveis” (4,85%), óleo diesel (17,93%), e gás veicular (0,05%). Em contraste, o etanol teve uma queda de 1,41%. As passagens aéreas também apresentaram um aumento de 13,29% em setembro, após uma queda de 11,36% em agosto.

No grupo de Habitação, o aumento foi de 0,30%, com destaque para a alta na energia elétrica residencial (0,66%), influenciada pelo reajuste de 9,40% em Belém, que entrou em vigor em 15 de agosto. A taxa de água e esgoto aumentou 0,12% devido ao reajuste de 5,02% em Brasília, a partir de 1º de agosto. No entanto, o gás encanado registrou uma queda de 0,46% devido a reduções tarifárias em Curitiba e no Rio de Janeiro.

Em relação à saúde e cuidados pessoais, o grupo teve um aumento de 0,17%, impulsionado pelo aumento de 0,71% nos planos de saúde, devido aos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes de 1998, com retroatividade a partir de julho.

No grupo de Alimentação e Bebidas, houve uma queda de 0,77%, com reduções nos preços da alimentação no domicílio, incluindo batata-inglesa, cebola, feijão-carioca, leite longa vida, carnes e frango em pedaços. Em contrapartida, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) tiveram aumento de preços, com destaque para o limão e a banana-d’água.

Em relação às regiões do país, apenas Salvador apresentou uma variação negativa em setembro, com uma taxa de -0,03%, influenciada pela queda nos preços da cebola e das carnes. A maior variação foi registrada em Belém, com 1,00%, devido ao aumento da energia elétrica residencial e da gasolina.

 

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